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O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) não deve estar em Rondonópolis hoje (03.03) para recepcionar o presidente Lula (PT). O principal motivo seria para evitar encontrar-se com o governador Mauro Mendes (União), este que se tornou seu maior desafeto político. Lula também não deverá ter agenda em Cuiabá como se ventilou numa articulação do deputado federal Emanuelzinho (MDB).

Ao contrário do governador Mauro Mendes, que apoiou o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022, a família Pinheiro foi uma das poucas de relevo político em Mato Grosso a apoiar Lula.

Não querendo perder a proximidade conquistada com o mandatário federal enquanto o próprio governador e outros que o não apoiaram se aproximam do petista, a família Pinheiro decidiu ela própria ir ao encontro do presidente em Brasília.

Lula recebeu a família Pinheiro: Emanuel Pinheiro, a primeira-dama Márcia Pinheiro (PV) e o deputado federal e vice-líder do governo na Câmara dos Deputados Emanuelzinho (MDB).

“Lula ficou encantado com os programas idealizados pela primeira-dama: Prato Cheio e Solidariedade em Ação que transfere renda para órfãos do feminicídio, e quis mais detalhes das iniciativas que considerou ‘brilhantes’. O Presidente também ficou impressionado com o Cuiabanco, ainda mais quando informamos que os financiamentos vão de R$ 1,5 mi a R$ 25 mi, possuem juros zero e podem beneficiar até pessoas negativadas”, disse Emanuel Pinheiro.

Segundo Pinheiro, ele também apresentou ao presidente o cenário político que envolve a saúde cuiabana, bem como a evolução da gestão no setor.

A saúde pública da capital tem sido alvo de inúmeras polêmicas, tendo já sofrido intervenção estadual e estando em vias de uma nova intervenção autorizada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso.

Disse o prefeito da capital que o presidente elogiou a atuação de seu filho, o deputado federal Emanuelzinho e a coragem da primeira-dama Marcia Pinheiro em disputar do governo de Mato Grosso mesmo sendo considerado um estado de forte viés de direita.

Derradeiramente, Emanuel convidou o presidente para vir a Cuiabá participar do lançamento de duas obras que deverão ser entregues em abril, mês do aniversário da capital. Uma das obras é a primeira parte do Contorno Leste e a UPA Leblon. As duas obras têm investimento do Governo Federal.

Da análise do jogo político percebe-se que a tendência do governador é dialogar com o presidente para atrair recursos para o estado. Puro pragmatismo político (e tudo bem se assim!).

Por outra via, os Pinheiro buscarão consolidar sua posição de apoio ao presidente, tendo como trunfo o fato de terem sido apoiadores de primeira hora.

O “coração” do presidente está disputado.